“Nos olhos da minha bisavó eu via o Eterno” – Testemunho do Padre Douglas de Freitas, direto de Roma.

Pascom Diocesana
Por Pascom Diocesana julho 23, 2021 16:23 Atualizado

“Nos olhos da minha bisavó eu via o Eterno” – Testemunho do Padre Douglas de Freitas, direto de Roma.

Testemunho do Padre Douglas de Freitas Ferreira, que aprendeu da bisavó Maria Celeste Fernandes Gouvêa a amar a Igreja.

 “Nos olhos da minha bisavó eu via o Eterno”

Um testemunho desta aliança entre jovens e idosos de que fala o Papa vai ao ar nesta quarta-feira, no programa semanal “Porta Aberta”.

Inteiramente dedicado ao Dia Mundial dos Avós, convidamos o Padre Douglas de Freitas Ferreira – especialista em assuntos de família – para analisar os desafios que a Igreja e a sociedade têm em valorizar esta aliança. Mas a preparação acadêmica ficou de lado na hora de lembrar de suas raízes, que influenciaram inclusive na sua decisão de abraçar o sacerdócio:

O grande testemunho de catolicidade eu recebi da minha bisavó: uma portuguesa da Ilha da Madeira, do Funchal, que foi para o Brasil para trabalhar. Minha bisavó viveu até os 94 anos. Eu tinha 18 anos quando ela faleceu, foi uma perda muito difícil para mim, mas uma perda que até hoje enche meu coração de gratidão.

E qual o testemunho que minha bisavó deu para mim, para meu irmão, para a família? O terço. Se tem uma memória da minha bisavó que eu tenho é daquela mulher que todos os dias – de manhã e à tarde – sentava no sofazinho dela, pegava o terço e rezava.

E quando meu irmão e eu fazíamos uma peripécia de criança, a minha bisavó nos chamava para rezar o terço. Era o nosso “castigo”. Mas eu agradeço a ela muito por isso, porque se eu rezo o terço todos os dias eu devo a esta mulher, a esta educação cristã. E me recordo muito do olhar dela enquanto ela rezava o terço – ela tinha os olhos azuis lindos. Mas não era uma oração qualquer, era uma oração com presença, compenetrada, profunda. E nos olhos da minha bisavó eu podia ver o Eterno. Se eu sou padre hoje, eu devo muito àquele olhar. O olhar da minha bisavó foi o que permitiu para mim ver a presença de Deus, o olhar a minha bisavó me levou até à Igreja, me levou até à eucaristia, me levou aos sacramentos. O olhar da minha bisavó me fez entender que a grandeza de uma pessoa é viver na presença do Senhor.

Pe. Douglas ainda criança estuda atrás da bisavó Maria Celeste Fernandes Gouvêa
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Por Pascom Diocesana julho 23, 2021 16:23 Atualizado

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