Questões para a recepção e aprofundamento da Relatio Synodi
Questões para a recepção e aprofundamento da Relatio Synodi (Relação da III Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização” – 5 a 19 de Outubro de 2014)
Traduzido pelo Pe. Dr. Ari Luis do Vale Ribeiro
Questão prévia referente a todas as seções da Relatio Synodi
A descrição da realidade da família presente na Relatio Synodi corresponde a quanto se nota na Igreja e na sociedade de hoje? Quais os aspectos ausentes que podem ser integrados?
Primeira parte
A escuta: o contexto e os desafios sobre a família
Como indicado na introdução (nn. 1-4), o Sínodo extraordinário quis dirigir-se a todas as famílias do mundo, querendo participar das suas alegrias, fadigas e esperanças; às muitas famílias cristãs fiéis á sua vocação, o Sínodo voltou um especial olhar de reconhecimento, encorajando a envolver mais decididamente nesta hora da “Igreja em saída”, redescobrindo-se como sujeito imprescindível da evangelização, sobretudo ao alimentar para elas mesmas e para as famílias em dificuldade o “desejo de família” que permanece sempre vivo e que é o fundamento da convicção do que é necessário “partir da família” para anunciar com eficácia o núcleo do Evangelho.
O renovado caminho traçado pelo Sínodo extraordinário está inserido no mais amplo contexto eclesial indicado pela exortação Evangelii Gaudium do Papa Francisco, partindo das “periferias existenciais”, com uma pastoral diferente da “cultura do encontro”, capaz de reconhecer a obra livre do Senhor também fora dos nossos esquemas habituais e assumir, sem embaraço, a condição de “pousada do campo” que tanto é útil ao anúncio da misericórdia de Deus. A tais desafios respondem os números da primeira parte da Relatio Synodi onde são expostos os aspectos que formam o quadro de referência mais concreto sobre a situação real das famílias dentro do qual prossegue a reflexão.
As questões que são propostas a seguir, com relação expressa aos aspectos da primeira parte da Relatio Synodi, querem facilitar o devido realismo na reflexão de cada episcopado, evitando que as suas respostas possam ser fornecidas segundo esquemas e prospectivas próprias de uma pastoral meramente aplicativa da doutrina, que não respeitaria as conclusões da Assembleia sinodal extraordinária, e distanciaria a sua reflexão do caminho já traçado.
O contexto sociocultural (nn. 5-8)
1. Quais são as iniciativas em curso e quais as programadas com relação aos desafios que se põe à família as contradições culturais (cf. nn. 6-7): aquelas que são orientadas a se despertar a presença de Deus na vida das famílias; aquelas que servem a educar e a estabelecer sólidas relações interpessoais; aquelas teses que favorecem políticas sociais e econômicas uteis à família; aquelas para aliviar as dificuldades referentes às crianças, anciãos e familiares doentes; aquelas para lidar com o contexto cultural mais especifico em que está envolvida a Igreja local?
2. Quais os instrumentos de análise são empregados, e quais os resultados mais relevantes com relação aos aspectos (positivos e não) da mudança antropológico- cultural?(cf. n.5) Entre os resultados se percebe a possibilidade de encontrar elementos comuns no pluralismo cultural?
3. Além do anúncio e da denúncia, quais são as modalidades escolhidas para estar presente como Igreja junto às famílias nas situações extremas? (cf. n. 8). Quais as estratégias educativas para preveni-las? Que coisa se pode fazer para sustentar e fortalecer as famílias crentes, fiéis ao vínculo (familiar)?
4. Como a ação pastoral da Igreja reage à difusão do relativismo cultural na sociedade secularizada e ao consequente rejeição por parte de muitos do modelo de família formato por homem e mulher unidos no vinculo matrimonial e aberto á procriação?
A relevância da vida afetiva (nn. 9-10)
5. Em que modo, com quais atividades são envolvidas as famílias cristãs para se testemunhar às novas gerações o progresso na maturação afetiva? (cf. nn. 9-10). Como se poderia ajudar a formação dos ministros ordenados com relação a estes temas? Quais figuras (modelos) de agentes de pastoral especificamente qualificados são os mais urgentes?
O desafio para a pastoral (n. 11)
6. Em qual proporção, e através de quais meios, a pastoral familiar ordinária se volta aos afastados? (cf. n. 11). Quais as linhas de ação predispostas para suscitar e valorizar o “desejo pela família” semeado pelo Criador no coração de cada pessoa, e presente especialmente nos jovens, também de quem está envolvido em situações de famílias não correspondem à visão cristã? Qual a efetiva resposta deles à missão a eles confiada? Entre os não-batizados quanto é forte a presença de matrimônios naturais, também em relação ao desejo pela família dos jovens?
II Parte
O olhar sobre Cristo: o Evangelho da família
O Evangelho da família, guardado fielmente pela Igreja no sulco da Revelação cristã escrita e transmitida, exige ser anunciado no mundo atual com renovada alegria e esperança, voltando constantemente o olhar para Jesus Cristo. A vocação e a missão da família se configuram plenamente na ordem da criação que desenvolvem no da redenção, assim sintetizado pelo auspício do Concilio: «os próprios esposos, criados a imagem de Deus vivo e estabelecidos numa verdadeira relação de pessoas, estejam unidos por um igual afeto, por um pensamento idêntico, e por uma santidade mútua, a fim de que, seguindo a Jesus Cristo, princípio de vida, se tornem, nas alegrias e nos sacrifícios de sua vocação, por seu amor fiel, testemunhas daquele mistério de amor que o Senhor revelou ao mundo por sua morte e ressurreição» (Gaudium et Spes, 52; cf. Catecismo da Igreja Católica1533-1535).
Sob esta luz, as questões que surgem da Relatio Synodi tem o objetivo de suscitar respostas fiéis e corajosas nos Pastores e no povo de Deus para um renovado anúncio do Evangelho da família.
O olhar sobre Cristo e a pedagogia divina na história da salvação (nn. 12-14)
Acolhendo o convite do Papa Francisco, a Igreja olha a Cristo na sua permanente verdade e inexaurível novidade, que ilumina também cada família. «Cristo é o “Evangelho eterno” (Ap 14,6), e é “o mesmo ontem e hoje e sempre” (Eb 13,8), mas a sua riqueza e a sua beleza são inexauríveis. Ele é sempre jovem e fonte constante de novidade» (Evangelii Gaudium, 11).
7. O olhar voltado a Cristo abre novas possibilidades. «De fato, cada vez que voltamos à fonte da experiência cristã se abrem estradas novas e possibilidades impensáveis» (n. 12). Como é utilizado o ensinamento da Sagrada Escritura na ação pastoral para as famílias? Em que medida tal olhar alimenta uma pastoral familiar corajosa e fiel?
8. Quais os valores do matrimonio e da família são realizados na vida dos jovens e casais? E de que forma? Existem valores que podem ser postos à luz? (cf. n. 13) Quais as dimensões de pecado a serem evitadas e superadas?
9. Qual pedagogia humana se deve considerar – em sintonia com a pedagogia divina – para compreender melhor o que é pedido à pastoral da Igreja frente à maturação da vida de casal, com relação ao futuro matrimonio? (cf. n. 13).
10. O que fazer para mostrar a grandeza e beleza do dom da indissolubilidade, de modo a suscitar o desejo de vivê-la e construí-la sempre mais? (cf. n. 14)
11. De que modo se poderia ajudar a compreender que a relação com Deus permite vencer as fragilidades que existem nas relações conjugais? (cf. n. 14). Como testemunhar que a benção de Deus acompanha cada matrimônio verdadeiro? Como manifestar que a graça do sacramento sustenta os esposos em todo o caminho da sua vida?
A família no desígnio salvífico de Deus (nn. 15-16)
A vocação criatural ao amor entre homem mulher recebe a sua forma completa pelo evento pascal de Cristo Senhor, que se doa sem reservas, tornando a Igreja o suo Corpo místico. O matrimonio cristão, atingindo a graça de Cristo, se torna assim a via sobre a qual, aqueles que são chamados, caminham à perfeição do amor, que é a santidade.
12. Como se poderia fazer compreende que o matrimonio cristão corresponde à disposição originária de Deus e, então, é uma experiência de plenitude, além do limite? (cf. n. 13)
13. Como conceber a família como “Igreja domestica” (cf. LG 11), sujeito e objeto da ação evangelizadora a serviço do Reino de Deus?
14. Como promover a consciência do empenho missionário da família?
A família nos documentos da Igreja (nn. 17-20)
O magistério eclesial deve ser melhor conhecido pelo Povo de Deus em toda a sua riqueza. A espiritualidade conjugal se nutre do ensinamento constante dos Pastores, que se põem a cuidar do rebanho, e amadurece graças à escuta incessante da Palavra de Deus, dos sacramentos da fé e da caridade.
15. A família cristã vive diante do olhar amoroso do Senhor e na relação com Ele cresce como verdadeira comunidade de vida e de amor. Como desenvolver a espiritualidade da família, e como ajudar as famílias a ser lugar de vida nova em Cristo? (cf. n. 21)
16. Como desenvolver e promover iniciativas de catequese que façam conhecer e ajude, a viver o ensinamento da Igreja sobre a família, favorecendo a superação da distancia possível entre o que é vivido e o que é professado e promovendo caminhos de conversão?
A indissolubilidade do matrimônio e a alegria de viver junto (nn. 21-22)
«O autêntico amor conjugal é assumido no amor divino e é guiado e enriquecido pelo poder redentor de Cristo e pela ação salvífica da Igreja, para que os esposos sejam conduzidos eficazmente a Deus, e ajudados e confortados na sublime missão de pai e mãe. Por isso, os esposos cristãos são robustecidos e como que consagrados para os deveres e dignidades de seu encargo por um sacramento especial. Exercendo seu múnus conjugal e familiar, em virtude desse sacramento, imbuídos do Espírito de Cristo que lhes impregna toda vida com a fé, a esperança e a caridade, aproximam-se cada vez mais de sua própria perfeição e mútua santificação e, assim unidos, contribuem para a glorificação de Deus» (Gaudium et Spes, 48).
17. Quais são as iniciativas para fazer compreender o valor do matrimônio indissolúvel e fecundo como caminho de plena realização pessoal? (cf. n. 21)
18. Como propor a família como lugar para muitos aspectos único para realizar a alegria dos seres humanos?
19. O Concilio Vaticano II expressou o apreçamento pelo matrimônio natural, renovando uma antiga tradição eclesial. Em tal medida as pastorais diocesanas são valorizadas também nesta sabedoria dos povos, como fundamental para a cultura e a sociedade comum? (cf. n. 22)
Verdade e beleza da família e misericórdia pelas famílias feridas e frágeis (nn. 23-28)
Depois de ter considerado a beleza dos matrimônios bem sucedidos e das famílias sólidas, e ter apreçado o testemunho generoso dos que permaneceram fiéis ao vínculo matrimonial tendo sido abandonados pelo cônjuge, os pastores reunidos em Sínodo se pediu – de modo aberto e corajoso, não sem preocupação e cautela – aquele olhar que a Igreja deve voltar aos católicos que se uniram apenas com o vínculo civil, aqueles que ainda convivem e aqueles que depois um válido matrimônio se divorciados e recasados civilmente.
Consciente dos evidentes limites e das imperfeições presentes em diversas situações, os Padres sinodais assumiram positivamente a prospectiva indicada pelo Papa Francisco, segundo a qual «sem diminuir o valor do ideal evangélico, é necessário acompanhar com misericórdia e paciência as possíveis etapas de crescimento das pessoas que se constroem dia a dia» (Evangelii Gaudium, 44).
20. Como ajudar a entender que ninguém está excluído da misericórdia de Deus e como exprimir esta verdade na ação pastoral da Igreja pelas famílias, em particular as feridas e frágeis? (cf. n. 28)
21. Como os fiéis podem mostrar nos confrontos das pessoas que ainda não chegaram à plena compreensão do dom de amor de Cristo uma atitude de acolhimento e acompanhamento de confiança, sem jamais renunciar ao anúncio das exigências do Evangelho? (cf. n. 24)
22. O que é possível fazer para que nas várias formas de união – onde se pode encontrar os valores humanos – advirtam o homem e a mulher o respeito, a confiança e o encorajamento a crescer no bem por parte da Igreja e são ajudadas a atingir a plenitude do matrimônio cristão? (cf. n. 25)
III Parte
O confronto: prospectivas pastorais
Ao aprofundar a terceira parte da Relatio Synodi, é importante deixar-se guiar pela virada pastoral que o Sínodo Extraordinário iniciou a delinear, baseando-se no Concílio Vaticano II e no magistério do Papa Francisco. Às Conferencias Episcopais compete continuar a aprofundá-la, envolvendo, de maneira mais oportuna, todos os componentes eclesiais, concretizando-a no seu específico contexto. É necessário fazer de tudo para que não se recomece do zero, mas se assuma o caminho já feito no Sínodo Extraordinário como ponto de partida.
Anunciar o Evangelho da família hoje, nos vários contextos (nn. 29-38)
À luz da necessidade da família e ao mesmo tempo dos múltiplos e complexos desafios, presentes no nosso mundo, o Sínodo sublinhou a importância de um renovado empenho para um anúncio, franco e significativo, do Evangelho da família.
23. Na formação dos padres e dos agentes de pastoral como é cultivada a dimensão familiar? São envolvidas as próprias famílias?
24. São conscientes que o rápido desenvolvimento da nossa sociedade exige uma constante atenção à linguagem na comunicação pastoral? Como testemunhar eficazmente a prioridade da graça, de modo que a vida familiar seja projetada e vivida como acolhimento do Espírito Santo?
25. Ao anunciar o evangelho da família, como se podem criar as condições para que cada família seja como Deus a quer e seja socialmente reconhecida na sua dignidade e missão? Qual “conversão pastoral” e quais os ulteriores aprofundamentos são realizados em tal direção?
26. A colaboração a serviço da família com as instituições sociais e politicas é vista em toda a sua importância? Como é de fato aplicada? Quais os critérios inspiradores? Qual o papel que associações familiares podem desenvolver em tal sentido? Como tal colaboração pode ser sustentada também pela denuncia franca dos processos culturais, econômicos e políticos que ameaçam a realidade familiar?
27. Como favorecer uma relação entre família, sociedade e politica em favor da família? Como promover o sustento da comunidade internacional e dos Estados à família?
Guiar os noivos no caminho de preparação ao matrimônio (nn. 39-40)
O Sínodo reconheceu os passos realizados nos últimos anos para favorecer uma adequada preparação dos jovens ao matrimônio. O Sínodo sublinhou porém a necessidade de um maior empenho de toda a comunidade cristã não apenas na preparação mas também nos primeiros anos de vida familiar.
28. Como os percursos de preparação ao matrimônio são propostos de modo a evidenciar a vocação e a missão da família segundo a fé em Cristo? São postos em prática como oferta de uma autêntica experiência eclesial? Como renová-los e melhorá-los?
29. Como a catequese de iniciação cristã apresenta a abertura à vocação e missão da família? Quais passos são vistos como mais urgentes? Como propor a relação entre batismo – eucaristia e matrimônio? De que modo evidenciar o caráter de catecumenato e de mistagogia que os percursos de preparação ao matrimônio venham a assumir frequentemente? Como envolver a comunidade nesta preparação?
Acompanhar os primeiros anos da vida matrimonial (n. 40)
30. Seja na preparação, bem como no acompanhamento dos primeiros anos de vida matrimonial seja adequadamente valorizado a importante contribuição do testemunho e do apoio que pode dar as famílias, associações e movimentos familiares? Quais as experiências positivas podem ser relatadas neste campo?
31. A pastoral do acompanhamento dos casais nos primeiros anos de vida familiar – foi observado nos trabalhos sinodais – necessita de ulterior desenvolvimento. Quais as iniciativas mais significativas já realizadas? Quais os aspectos a incrementar a nível paroquial, a nível diocesano o no âmbito das associações e movimentos?
Cuidado pastoral dos que vivem em matrimônio civil ou amasiados (nn. 41-43)
Nos trabalhos sinodais se notou a diversidade de situações, devida a múltiplos fatores culturais e econômicos, praxe enraizada na tradição, dificuldade dos jovens pela escolhas que empenham para toda a vida.
32. Quais os critérios para um correto discernimento pastoral das situações singulares sejam consideradas à luz do ensinamento da Igreja, pelos quais os elementos constitutivos do matrimônio são unidade, indissolubilidade e abertura à procriação?
33. A comunidade cristã está em grau de ser pastoralmente envolvida nestas situações? Como ajuda a discernir os elementos positivos e negativos da vida de pessoas unidas em matrimônios civis de modo a orientá-los e apoiá-los no caminho de crescimento e de conversão para o sacramento do matrimônio? Como ajudar quem vive amasiado a decidir-se pelo matrimonio?
34. De modo particular, quais respostas dar á problemáticas colocadas pela manutenção das formas tradicionais de matrimônio em etapas ou combinado entre famílias?
Curar as famílias feridas (separados, divorciados não recasados, divorciados recasados, famílias monoparentais) (nn. 44-54)
Nos trabalhos sinodais evidenciou-se a necessidade de uma pastoral direcionada pela arte do acompanhamento, dando «ao nosso caminho o ritmo salutar da proximidade, com um olhar respeitoso e pleno de compaixão, mas que, ao mesmo tempo, sejam sãos, livres, e encorajados a amadurecer na vida cristã» (Evangelii gaudium, 169).
35. A comunidade cristã está pronta dar atenção às famílias feridas a fim para que experimentem a misericórdia do Pai? Como empenhar-se para superar os fatores sociais e econômicos que frequentemente os determinam? Quais passos cumpridos e quais a serem realizados a fim de que se cresça desta ação e da consciência missionária que a sustenta?
36. Como promover a individuação das linhas pastorais compartilhadas em nível de Igrejas particulares? Como desenvolver o diálogo entre as diversas Igrejas particulares “cum Petro e sub Petro”?
37. Como tornar mais acessível e ágil, possivelmente gratuitos, os procedimentos para o reconhecimento dos casos de nulidade matrimonial? (n. 48).
38. A pastoral sacramental com relação aos divorciados recasados necessita de um ulterior aprofundamento, avaliando também a praxe ortodoxa e tendo presente «a distinção entre a situação objetiva de pecado e as circunstâncias atenuantes» (n. 52). Quais as prospectivas de ação? Quais os passos possíveis? Quais sugestões para remediar as formas de impedimentos não culpáveis ou não necessárias?
39. A normativa atual permite de dar respostas válidas aos desafios colocados pelos matrimônios mistos e pelos matrimônios interconfessionais? É necessário ter em conta outros elementos?
A atenção pastoral pelas pessoas com tendência homossexual (nn. 55-56)
A atenção pastoral pelas pessoas com tendência homossexual põe hoje novos desafios, devido também à maneira em que vêm socialmente propostos os seus direitos.
40. Como a comunidade cristã dá atenção pastoral às famílias que têm pessoas com tendência homossexual? Evitando toda injusta discriminação, de que modo dar atenção às pessoas em tais situações à luz do Evangelho? Como lhes propor as exigências da vontade de Deus sobre a sua situação?
A transmissão da vida e o desafio da diminuição de nascimentos (nn. 57-59)
A transmissão da vida é elemento fundamental da vocação-missão da família: «Os cônjuges saibam ser cooperadores do amor de Deus Criador e quase seus interpretes na tarefa de transmitir a vida humana e de educa-la; isto deve ser considerado como missão sua» (Gaudium et spes, 50).
41. Quais os passos mais significativos que feitos para anunciar e promover eficazmente a apertura à vida e à beleza e à dignidade humana do tornar-se mãe ou pai, à luz a exemplo da Encíclica Humanae Vitae (1968) do Beato Paulo VI? Como promover o diálogo com as ciências e as tecnologias biomédicas, de modo que seja respeitada a ecologia humana do ato da geração?
42. Uma maternidade/paternidade generosa necessita de estruturas e instrumentos. A comunidade cristã vive uma efetiva solidariedade e subsidiariedade? Como? É corajosa na proposta de soluções válidas a nível também sócio-político? Como encorajar à adoção e a entrega de crianças como altíssimo sinal de generosidade fecunda? Como promover o cuidado e o respeito dos menores?
43. O cristão vive a maternidade/paternidade como resposta a uma vocação. Na catequese é suficientemente sublinhada esta vocação? Quais os percursos formativos são propostos para que esta vocação guie efetivamente as consciências dos esposos? São conscientes das graves consequências das mudanças demográficas?
44. Como a Igreja combate a praga do aborto promovendo uma eficaz cultura da vida?
O desafio da educação e o papel da família na evangelização (nn. 60-61)
45. Desenvolver a sua missão de educadora não é sempre ágil para os pais: encontram solidariedade e apoio na comunidade cristã? Quais os percursos formativos são sugeridos? Quais os passos a cumprir para que a tarefa educativa dos pais seja reconhecida também em nível sócio-político?
46. Como promover nos pais e na família cristã a consciência do dever da transmissão da fé como dimensão intrínseca à mesma identidade cristã?