Os gregos procuram por Jesus! (Jo 12, 20–33)

Pascom Diocesana
Por Pascom Diocesana março 22, 2015 07:39

Os gregos procuram por Jesus! (Jo 12, 20–33)

Há um cenário, apresentado pelo autor do quarto Evangelho, muito importante: “… havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém, para adorar durante a festa. Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia e pediram: ‘Senhor, gostaríamos de ver Jesus’”.

O evangelista trabalha este valioso versículo fazendo uma profunda catequese: agora, a razão de subir a Jerusalém não é mais o Templo físico, o espaço imponente das suas muralhas, a peregrinação árdua e séria, até então exigida anualmente; mas, subir a Jerusalém para encontrar a razão de ser da cidade e dos peregrinos: Jesus de Nazaré!

Ao encontrá-lo, que devem os gregos esperar? Um líder pomposo, que governa e conduz os seus com mão forte e imperial? Um profeta fascinante, que a todos encanta com seu jeito simples e descomplicado de ver a vida? Um filósofo brilhante, que leva por meio da reflexão os homens à verdade? Mais que isso tudo, um Deus encarnado, que montou sua tenda em nosso meio e que não se cansa de pregar verdades aparentemente contraditórias: “Quem se apega à sua vida, vai perdê-la; se o grão de trigo, que cai na terra, não morre, continua só um grão de trigo; mas, se morre, então produz muito fruto”.

Hoje, devemos nos questionar: quem são os gregos que certo dia, subindo a Jerusalém, antes de cumprir o preceito, saíram da rotina religiosa e quiseram ver Jesus?

Somos nós, que subindo a montanha complicada da fé, ou acorremos a Ele todos os dias ou não chegamos à meta que nos foi proposta no dia do nosso Batismo. E quem é Filipe e André? No passado, foram os consultados e responsáveis por fazer os gregos chegarem até Jesus. Hoje, é a Igreja que, enquanto comunidade do Ressuscitado, deve ter como receita primeira do seu ofício, levar todos os homens a se encontrarem com o Filho de Deus.

O horizonte desse encontro não é marcado por glórias, honrarias, bonanças, facilidades, idealismos… não! Mas, o marco desse encontro é a hora da cruz. Através dela, a terra experimentará uma renovação total e fecunda. E os homens? Eles terão a possibilidade de se rejuvenescer: ficando os idosos? Crianças; os jovens? Maduros; os infantis? Experientes; os discípulos? Mestres; os servos? Amigos.

É a hora de Deus! Sim, hora em que o grão maduro do Pai (Deus de Deus, Luz da Luz), Jesus de Nazaré, mostrará a toda criação que vale a pena se encontrar com Ele; que se Adão falhou, Ele veio para consertar; que se falhamos todos os dias nesta peregrinação, há possibilidade de corrigir; que se estéril tem sido nossa vocação, há maneira de torná-la fecunda.

Num primeiro momento, a Cruz, enquanto marco e horizonte do encontro, é loucura, é escândalo. Porém, somente quando nos colocarmos com liberdade, diante do seu Protagonista, experimentaremos em nossa vida que o segredo para termos sucesso em Deus depende do como nos comportamos diante desse madeiro sagrado. Ele não encanta por sua aparência exterior, mas magnetiza a partir do seu brilho e da sua pedagogia interior, capaz de agir, pelo seu poder salvífico, como santo remédio aos que não têm medo de confessar o tamanho das suas enfermidades e das suas feridas.

Publicado originalmente em: http://feiravocacional.com.br/aa53-os-gregos-procuram-por-jesus.php

 

Pascom Diocesana
Por Pascom Diocesana março 22, 2015 07:39

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